ORIGENS E COMEMORAÇÕES DO CARNAVAL




Carnaval tem sua origem em épocas e civilizações muito antigas, derivando sua comemoração de crenças e costumes de vários povos. Os festejos atuais têm suas raízes em comemorações muito antigas, sendo adaptadas à cada povo e cultura. Vejamos as linhas gerais dessa origem e comemoração nos diversos povos e culturas no decorrer da história da humanidade.



                                                                 No Egito Antigo 


Em tempos remotos o Egito festejava suas grandes divindades, o boi Ápis e ísis, com grandes celebrações populares. Nestas o povo participava com procissões e oferendas, músicas e danças, num misto de devoção e euforia coletivas, prestando homenagem a essas divindades tão estimadas. Especificamente na festa ao boi Ápis, os egípcios pintavam um boi branco com vários símbolos e cores, o cotejavam festivamente pelas ruas, com toda a sociedade egípcia fantasiada ou mascarada e em grande devassidão, até que finalmente no rio Nilo afogassem esse boi. E a deusa ísis também era homenageada com folguedos populares, com pompa, devoção e euforia dos seus adoradores.


                                                           Na Grécia Antiga 

Os gregos foram a civilização mais intelectual do mundo antigo, não só criando e desenvolvendo uma cultura nova, como também assimilando e reformulando conceitos e costumes de outros povos. Em matéria de costumes religiosos eles criaram e viveram em função de uma mitologia tão diversificada que não havia nada no seu cotidiano que não fosse regido por uma divindade específica. E nessa diversidade de crenças e celebrações, algumas divindades tinham seus cultos que consistiam em festins de grande euforia popular, como no caso do culto a Dionísio, considerado filho de Júpiter. Dionísio era o deus do vinho, e em sua homenagem o povo bebia e se embriagava, saía em grandes procissões com toda sensualidade e devassidão.


                                                          No Império Romano 

O Império Romano, englobando muitas nações com seus vários costumes, sintetizou muito deles em certas comemorações novas, ou apenas adaptou os mesmos para sua mentalidade ou interesses próprios. É por isso que os deuses da mitologia antiga têm nomes gregos e latinos.
A Roma antiga, era cheia das muitas diversões para agradar a todos, e assim tinha seus muitos 'carnavais'. Deu outra forma à crença e comemoração gregas a Dionísio, transformando-o em Baco e celebrando-lhe os famosos 'bacanais'.
. As diversas classes sociais se misturavam desfazendo-se as desigualdades, a ordem pública era quase abolida, escolas, tribunais e repartições públicas do governo fechavam suas portas, e a imoralidade e libertinagens outras ficavam liberadas. E como se usava máscaras e fantasias, era difícil identificar os participantes!
Nesta celebração, abolia-se a decência e o povo extravasava suas euforias sufocadas pela moral de outras épocas do ano, escarnecia-se das realidades gerais do seu cotidiano, e numa total liberdade de expressão física e verbal, sem restrição alguma, dramatizava e até ridicularizava tudo que era considerado motivo para farras. Acredita-se que a origem dos carros alegóricos seja a maneira de ridicularizar os carros dos generais romanos e suas entradas triunfais após grandes vitórias militares...
Como Roma influenciou tantos povos e culturas, o seu Carnaval foi exportado para grande parte do mundo, sendo celebrado em cada lugar com os estilos próprios dos povos que o incorporaram no folclore local.
E no decorrer da história, mesmo com o advento do Cristianismo, o Carnaval não foi abolido das celebrações anuais, mesmo que autoridades eclesiásticas de grande expressão como Tertuliano, Cipriano e Clemente de Roma se opusessem a tal costume, o Carnaval continuou e chegou inclusive a ser incentivado e patrocinado pelo Papa Paulo II, pois em meados do século XV durante seu pontificado, perto do seu palácio, na Via Lata, se celebrava os festejos carnavalescos com máscaras, corridas de cavalos, carros alegóricos e batalha de ovos, farinha e água entre os participantes!


                                                          O Carnaval Brasileiro 


O Carnaval chegou ao Brasil com os colonizadores. No início estava vinculado mais à classe alta da nobreza e com o tempo foi também celebrado por outras classes sociais; tudo isso nas regiões mais influentes do período colonial, como a Bahia e principalmente Rio de Janeiro.
Segundo alguns historiadores, a primeira manifestação carnavalesca no Brasil se deu em 1641, no Rio de Janeiro, quando para comemorar a restauração do trono português, com muita pompa membros do governo carioca da época fizeram grande cortejo em saudação a D. João IV. Já nesse tempo os portugueses tinham seu festim eufórico, chamado 'entrudo', que consistia da entrada de cortejos pelas ruas e avenidas, com músicas, danças e fantasias, com o envolvimento dos que desejassem participar. Em tempos posteriores, no século XIX, segundo se tem notícia, o próprio recatado D. Pedro II, na Quinta da Boa Vista, (Rio de Janeiro), participava dos festejos, atirando água aos membros da nobreza, pois era costume nestes festins, o jogar água, talos de hortaliças, farinha e ovos entre os foliões.
Em 1840 foi realizado o primeiro baile com máscaras, isso no Hotel Itália no Rio, por iniciativa da italiana sua proprietária. Alguns anos depois, em 1848, o sapateiro português José Nogueira de Azevedo Prates - (o Zé Pereira), saiu no cortejo tocando bumbo, dando origem assim aos ritmos carnavalescos, que nesse tempo já era de grande participação popular, onde as diversas classes sociais se misturavam na festa, sendo que escravos se vestiam de ricos para ridicularizar seus patrões! Com o tempo esses cortejos foram sendo organizados em grupos, surgindo assim, em 1866, os 'cordões' ou as sociedades carnavalescas. Em 1885 já havia desfiles com carros alegóricos.
Em linhas gerais esse é o histórico do Carnaval brasileiro, sendo hoje uma das maiores festas do mundo. Gastos enormes são feitos pelo poder publico para essa festividade, desde enfeites decorativos, até prevenção ou combate à doenças ou tragédias vinculadas ao evento. Sem se considerar crises ou fatores adversos, anualmente o país pára por alguns dias e celebra o Carnaval, que a cada ano se torna mais requintado, sensual e profano.


Uma séria razão para o cristão não participar do Carnaval é devido a origem, essência e motivos antigos ou modernos dessa festa, pois antes de se tornar um folclore ela era feita para divindades pagãs, sendo essencialmente idólatra e com motivações extremamente contrárias à conduta cristã. Uma simples avaliação dessa festa evidencia que sua celebração não é própria para quem conhece e serve ao Senhor, pois Ele diz em sua Palavra: "... todos os deuses dos povos não passam de ídolos",(Sl. 96:5). Realmente, os povos criaram seus ídolos pagãos e alguns os serviram com o Carnaval. O cristão não pode se comportar assim.
Tristes são as referências bíblicas que descrevem as abominações praticadas pelo povo de Deus nessa área de festividades/cultos idólatras: "... se mesclaram com as nações e lhes aprenderam as obras; deram culto a seus ídolos os quais se lhes converteram em laço"; "... com deuses estranhos O provocaram a zelos, com abominações O irritaram. Sacrifícios ofereceram ... não a Deus", (Sl. 106:35-36; Dt.32:16-17). E o pior de tudo é que tais sacrifícios e cultos, segundo o Senhor Deus, eram essencialmente para 'demônios', (Dt.32:17; Lv.l7:7; Sl. 106:37; I Co. 10:19-22).


Outra razão tem o servo de Deus para não participar do Carnaval - é porque tal festa é a grande celebração pecaminosa da carne. De todas as comemorações o Carnaval é a maior expressão de sensualidade profana, quando se dá vazão à toda forma de manifestação carnal no que se refere ao erótico, bizarro e ridículo, promovendo assim a imoralidade e devassidão. É uma festa tão desregrada que o próprio governo reconhece sua necessidade de conter a proliferação de doenças sexualmente transmissíveis e também providencia meios de minimizar ou atender transtornos oriundos de desordens gerais ocorridas nessa comemoração. Todos os anos, após o Carnaval se contabiliza os tristes resultados conseqüentes a essa festa, quanto à toda sorte de prejuízos morais, sociais, físicos e financeiros, muitos dos quais sem possibilidade de serem reparados.
O cristão está no Espírito e não na carne, pois os que estão na carne não podem agradar a Deus, (Rm.8:8-9); e tem como ordens divinas: "Não ameis o mundo, nem as cousas que há no mundo... porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas do mundo", (I Jo.2:15-16). "E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as", (Ef.5:ll); "...nada disponhais para a carne, no tocante às suas concupiscências", (Rm.13:14).

O Carnaval se apresenta como uma festa sedutora, atrativa, mas o cristão sincero, maduro, convicto de sua nova vida em Cristo não admite tais artimanhas do mal, antes tem consideração pelo ensino bíblico: "Se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas"; "Quem anda com sábios será sábio, mas o companheiro de insensatos se tornará mau"; "... o companheiro de libertinos envergonha a seu pai", (Pv. 1:10; 13:20; 28:7).
Considerando essa realidade se reconhece que o Carnaval não é comemoração compatível com a conduta cristã, pois em essência e prática ele é extremamente profano. A participação no mesmo é algo que compromete o cristão na sua nova natureza e processo de santificação. Até aqueles que não são cristãos, mas têm uma moralidade séria se abstêm do Carnaval, reconhecendo o quanto ele é nocivo aos bons costumes e promotor de tanta devassidão. Se os moralistas assim se comportam, muito melhores devemos ser como cristãos!


O Carnaval é a grande festa da humanidade, sobressaindo às demais celebrações populares. Todos os anos é a comemoração tão esperada e, independente de crises e dificuldades, é o festejo mais expressivo do ano. De origens tão remotas, influenciado pelas culturas mais diversas, tem se firmado como folclore vivo no decorrer da história. Celebrado originalmente para deuses da mitologia pagã ou como expressões dos apetites carnais, neste festim se extravasa as euforias ou desabafos populares das mais diversas formas. Visto por muitos como uma demonstração de alegria, é comemorado por todas as classes sociais, tornando-se uma diversão comum a muitos povos.
Diante de tal realidade o cristão avalia essa festa pelo prisma da verdade bíblica e se posiciona como alheio a tal celebração, convicto de que sua conduta cristã não se harmoniza com o Carnaval. Quem conhece, ama e serve a Deus tem o discernimento espiritual para entender que o Carnaval é festa profana e pagã, oriunda de homenagens a falsos deuses e expressão dos sentimentos carnais contrários à boa conduta moral, pois nessa festa se extravasa todas as manifestações dos prazeres sensuais, numa promoção de imoralidade, como também se escarnece e ridiculariza tudo e todos.
O servo de Deus vive dentro de um contexto cultural e não é alguém alienado, porém aceita e vive somente aquilo que não contradiz a sua fé. Nesse particular do Carnaval, a sua essência e prática são muito mais que um simples folclore, e contrariam completamente os princípios da fé e ética cristãs, e o servo de Deus não pode abrir mão desses princípios sagrados para se associar com tal celebração profana e inconveniente.
É assim que encaramos o Carnaval, como festa imprópria a todo aquele que se firma nos bons preceitos da vida cristã genuína e da moralidade séria, nobre e respeitável. E mais, devido a fascinação que temos por Jesus e gosto pela nova vida que dEle recebemos, as profanações e manifestações da natureza carnal não fazem mais parte da nossa conduta que agora é para servir ao Senhor e usufruir das maravilhas do seu reino.











2 comentários:

luana andrade luna disse...

olha,achei muito bom esta explição
sobre o carnaval,tenho uma sugestão,
vc devia falar sobre a imfluência da midia,tem muitas mensagens sublinadas que devem ser desmascaradas.



luana andrade luna

Anônimo disse...

muito bom

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